Imuno-hematologia Laboratorial – Resumo

Tópicos

Controle de Qualidade em Imuno-hematologia

  • Noções Básicas
  • Controle de Qualidade Interno (equipamentos, reagentes, técnicas)
  • Controle de Qualidade Externo (programas de proficiência)
  • Equipamentos e Técnicas

Sistema ABO

  • Histórico e Genética
  • Antígenos e Subgrupos
  • Tipagem (prova direta e reversa)
  • Discrepâncias no sistema ABO

Sistema Rh

  • Antígenos e Polimorfismo do Antígeno D (D fraco e D parcial)
  • Classificação e Interpretação dos Resultados

Teste de Antiglobulina

  • Teste Direto e Indireto
  • Indicações para Anemias Hemolíticas

Resumo

Este documento, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, aborda práticas laboratoriais em imuno-hematologia para garantir segurança e qualidade nas transfusões e procedimentos hematológicos.

1. Controle de Qualidade em Imuno-hematologia

  • Objetivo: Implementar procedimentos para assegurar resultados precisos e confiáveis em testes imuno-hematológicos.
  • Interno: Envolve controle de equipamentos, reagentes, técnicas e pessoal técnico. Programas de qualidade internos verificam a estabilidade e a consistência dos processos.
  • Externo: Participação em programas de proficiência para avaliação da qualidade interlaboratorial.

2. Sistema ABO

  • Histórico e Genética: Sistema de grupos sanguíneos descoberto por Karl Landsteiner, com os tipos A, B, AB, e O. Os genes estão localizados no cromossomo 9.
  • Antígenos e Anticorpos: Os antígenos ABO estão presentes nas células sanguíneas e fluidos corporais. Anticorpos naturais anti-A e anti-B surgem na infância e têm importância clínica nas transfusões.
  • Tipagem: Tipagem direta (identificação dos antígenos) e reversa (identificação dos anticorpos) são fundamentais para determinar o grupo ABO de um indivíduo.

3. Sistema Rh

  • Importância: Segundo sistema mais importante na medicina transfusional, crucial na prevenção da doença hemolítica perinatal.
  • Antígenos e Polimorfismos: Antígenos do sistema Rh (D, C, c, E, e) estão nas hemácias. A presença ou ausência do antígeno D define o fator Rh (positivo ou negativo).
  • D Fraco e D Parcial: Variações do antígeno D que requerem testes específicos para uma classificação Rh precisa.

4. Teste de Antiglobulina

  • Direto e Indireto: O Teste Direto de Antiglobulina (TAD) detecta anticorpos ligados às hemácias em casos de anemias hemolíticas. O Teste Indireto de Antiglobulina (TAI) pesquisa anticorpos no soro antes de transfusões.
  • Indicações: Essencial para diagnósticos de anemias hemolíticas autoimunes e aloinmunizações.

Conclusão

A cartilha fornece diretrizes e práticas recomendadas para garantir a precisão dos testes imuno-hematológicos, auxiliando os profissionais de saúde em procedimentos seguros e padronizados.

Esse resumo abrange os principais pontos e pode servir como uma introdução clara ao conteúdo do documento para sua apresentação.

Técnicas apresentadas

As técnicas em imuno-hematologia laboratorial abordadas no documento incluem métodos importantes para análise e tipagem sanguínea. Aqui estão algumas das principais técnicas:

1. Técnica em Tubo

  • Utiliza tubos de vidro ou plástico para misturar reagentes e amostras.
  • Após a centrifugação, os resultados são analisados por aglutinação, sendo um método comum em tipagem sanguínea.

2. Microplacas

  • Utiliza placas de acrílico com fundo em “U” ou “V”, ou com membrana imuno-ativa.
  • Permite a suspensão de hemácias em soluções enzimáticas, sendo usada em testes que exigem microtécnicas.

3. Gel Teste

  • Usa cartões com microtubos contendo Gel Sephadex ou Poliacrilamida.
  • Facilita a retenção de aglutinados e permite a revisão das reações por até 48 horas após o teste.

4. Tipagem em Tubo – Prova Direta e Reversa

  • Prova Direta: utiliza soros anti-A, anti-B e anti-AB para identificar antígenos na membrana das hemácias.
  • Prova Reversa: utiliza o soro da amostra para identificar a presença de anticorpos, confirmando a tipagem.

5. Teste de Antiglobulina Direto (TAD)

  • Detecta anticorpos ligados às hemácias in vivo, essencial para diagnóstico de anemias hemolíticas autoimunes.

6. Teste de Antiglobulina Indireto (TAI)

  • Pesquisa anticorpos livres no soro e é utilizado para avaliação antes de transfusões.

Essas técnicas garantem precisão nos resultados de tipagem e análise sanguínea, contribuindo para transfusões seguras e diagnósticos laboratoriais eficazes.

Procedimentos Importantes a serem observados

1. Controle de Qualidade dos Reagentes

  • Especificidade e Reatividade: Os reagentes, como soros anti-A, anti-B, anti-AB e anti-RhD, são inspecionados rigorosamente para garantir que reconheçam apenas os antígenos específicos nas hemácias.
  • Avaliação Visual e Rotulagem: A aparência e o rótulo dos reagentes devem ser verificados quanto à ausência de precipitados, partículas e clareza da solução, além de conter informações como validade, lote e condições de armazenamento.

2. Manuseio e Preparo das Amostras

  • Suspensão de Hemácias: A concentração de hemácias deve ser precisa para evitar resultados falso-positivos ou negativos. Suspensões comuns incluem concentrações de 2%, 5%, 10%, e até 50%, dependendo do teste.
  • Separação do Plasma ou Soro: A centrifugação das amostras deve ser feita em condições controladas para uma separação adequada, prevenindo contaminações e garantindo a qualidade do material.

3. Fatores que Influenciam a Qualidade dos Ensaios

  • Condições de Coleta e Equipamentos: Utilizar materiais livres de resíduos, tubos adequados e equipamentos calibrados, como centrífugas, é fundamental.
  • Capacitação da Equipe: Profissionais devidamente treinados e orientados nas técnicas e cuidados específicos são essenciais para evitar erros nos resultados.

4. Considerações Específicas para o Sistema Rh

  • Polimorfismo do Antígeno D: A variabilidade do antígeno D, que inclui o D fraco e o D parcial, representa um desafio na classificação RhD. Esse fator exige o uso de reagentes específicos e, em alguns casos, testes moleculares para uma classificação precisa.

5. Relevância Clínica

  • Aloimunização e Transfusões Seguras: A prática de imuno-hematologia é essencial para evitar reações transfusionais adversas e garantir que as transfusões sejam compatíveis, especialmente em casos de incompatibilidade ABO e Rh.
  • Doença Hemolítica Perinatal: A identificação de anticorpos maternos contra antígenos fetais é essencial para prevenir esta doença, que pode ocorrer devido à incompatibilidade Rh entre mãe e bebê.

Essas práticas e fatores são fundamentais para assegurar que os testes e diagnósticos realizados sejam confiáveis e seguros.