Óptica
Trabalho de Óptica – Equipamentos Oftalmológicos

Equipe 2

  • Luis Felipe Fadel
  • Luiz Cezar da Silva
  • Achilles Marcelo Bermudes
  • Marcelo Maurin Martins
  • Jose Servulo

Visão Geral

Introdução à Óptica Oftalmológica:

O que é Óptica Oftalmológica?

A óptica oftalmológica é um ramo da medicina e da física que se concentra no estudo e manejo da luz em relação ao olho humano. Ela abrange o entendimento de como a luz é refratada, absorvida e refletida pelo olho, além de como estas interações afetam a visão. A óptica oftalmológica é fundamental para o desenvolvimento de lentes corretivas, óculos, lentes de contato e para a realização de cirurgias refrativas.

Evolução Histórica dos Equipamentos Ópticos em Oftalmologia

Inícios Antigos

Primeiros Óculos (Século 13):

A história dos equipamentos ópticos oftalmológicos começa com a invenção dos primeiros óculos na Itália no século 13. Estes eram basicamente lentes simples montadas em armações que ajudavam na correção de problemas de visão relacionados à idade, como a presbiopia.

Avanços no Renascimento

Desenvolvimento das Lentes Convexas e Côncavas (Século 15 e 16):

Durante o Renascimento, houve avanços significativos no design e na fabricação de lentes. Cientistas como Leonardo da Vinci e Johannes Kepler contribuíram para a compreensão de como as lentes podiam corrigir a visão e começaram a explorar o uso de lentes convexas e côncavas para tratar miopia e hipermetropia.

Revolução Científica

Invenção do Oftalmoscópio (1851):

Um marco importante foi a invenção do oftalmoscópio por Hermann von Helmholtz em 1851. Este dispositivo permitiu, pela primeira vez, a visualização direta do interior do olho, revolucionando o diagnóstico de doenças oculares.

Era Moderna

Inovações do Século 20:

No século 20, a tecnologia oftalmológica avançou rapidamente. Foram introduzidos equipamentos como a lâmpada de fenda, permitindo exames detalhados da frente do olho, e a tomografia de coerência óptica (OCT), uma inovação do final do século 20, que fornece imagens detalhadas das camadas da retina.

Tecnologia Laser e Além

Avanços em Cirurgia Refrativa (Final do Século 20 e 21):

A introdução do laser em oftalmologia transformou os procedimentos cirúrgicos, com técnicas como LASIK e fotocoagulação a laser tornando-se comuns para o tratamento de erros refrativos e doenças como a retinopatia diabética.

Destaque a evolução histórica dos equipamentos ópticos usados em oftalmologia.

Tipos de Equipamentos Oftalmológicos:

Lâmpada de Fenda (Biomicroscópio):

O que é a Lâmpada de Fenda?

A lâmpada de fenda, também conhecida como biomicroscópio, é um instrumento fundamental na oftalmologia. Ela consiste em uma fonte de luz intensa que pode ser focalizada para formar uma “fenda” estreita e uma série de lentes microscópicas. Este equipamento é usado para observar o olho humano em detalhes significativos, permitindo a visualização de estruturas desde a córnea até a retina.


Funcionamento da Lâmpada de Fenda

Iluminação Focalizada:

A luz da lâmpada de fenda é direcionada para o olho em um feixe estreito, o que permite examinar diferentes partes do olho em detalhes.

Ampliação: As lentes microscópicas aumentam as estruturas oculares, tornando mais fácil para o oftalmologista detectar anormalidades.


Diagnóstico de Condições Oculares

Exame da Superfície Ocular:

A lâmpada de fenda é usada para examinar a córnea, a conjuntiva e a íris, ajudando a diagnosticar condições como úlceras corneanas, conjuntivite e iridociclite.

Avaliação do Segmento Anterior:

É possível avaliar o cristalino e o humor aquoso, detectando cataratas e sinais de glaucoma.

Inspeção do Segmento Posterior:

Embora menos comum, a lâmpada de fenda também pode ser usada para examinar o segmento posterior do olho, especialmente quando combinada com lentes especiais, para avaliar a retina e o nervo óptico.

Importância Clínica

Detecção Precoce:

O uso da lâmpada de fenda permite a detecção precoce de muitas doenças oculares, essencial para tratamentos bem-sucedidos.

Monitoramento de Tratamentos:

Também é útil no monitoramento de respostas a tratamentos, como a evolução de uma úlcera corneana ou a eficácia de um tratamento para glaucoma.

Retinoscópio

O que é um Retinoscópio?

O retinoscópio é um instrumento oftalmológico usado para medir o erro refrativo do olho, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Ele projeta um feixe de luz no olho e observa a reflexão (reflexo) da luz da retina.


Princípios de Funcionamento

Reflexo Retiniano:

O retinoscópio avalia como o reflexo da luz se move na retina do paciente. Este movimento é analisado para determinar se o olho é emétrope (sem erro refrativo), míope (curto), hipermetrope (longo) ou astigmático.

Neutralização do Reflexo:

O objetivo do exame é “neutralizar” o reflexo retiniano com o uso de lentes de teste, determinando assim o erro refrativo.


Características do Retinoscópio

  • Fonte de Luz e Espelho: Equipado com uma fonte de luz e um espelho que pode ser ajustado, permitindo que o médico direcione a luz para o olho do paciente.
  • Tipos: Existem dois tipos principais de retinoscópios: de faixa e de ponto, diferenciando-se pelo tipo de feixe de luz que projetam.

Uso do Retinoscópio

  • Exame Inicial: Geralmente é usado como um exame inicial para estimar o erro refrativo antes de realizar testes mais detalhados.
  • Pacientes de Todas as Idades: É especialmente útil para examinar crianças pequenas ou pacientes que não conseguem responder a um exame de refração padrão.

Aplicações Clínicas

Determinação de Prescrições de Óculos: Essencial para formular prescrições de óculos ou lentes de contato.

Detecção de Astigmatismo:

Permite a detecção precisa de astigmatismo e sua orientação.

Avaliação em Casos Especiais:

Útil em casos onde a refração automatizada não é aplicável ou eficaz.


Vantagens do Retinoscópio

Independente de Resposta Subjetiva:

Como o instrumento não depende das respostas do paciente, é ideal para uso em pacientes não verbais ou com dificuldade de comunicação.

Flexibilidade e Precisão:

Oferece uma forma flexível e precisa de medir o erro refrativo, especialmente em situações pré-clínicas ou em comunidades com acesso limitado a equipamentos mais sofisticados.


Desafios e Limitações

Habilidade do Examinador:

Requer prática e habilidade para interpretar corretamente o reflexo retiniano.

Influência de Condições Oculares:

Condições como opacidades da córnea ou cataratas podem afetar a precisão do exame.

Oftalmoscópio:

Introdução ao Oftalmoscópio

O oftalmoscópio é um instrumento fundamental em oftalmologia, desenhado para examinar o fundo do olho. Ele permite aos médicos visualizar estruturas internas como a retina, o disco óptico e os vasos sanguíneos, essencial para diagnosticar e monitorar uma variedade de condições oculares.


Princípios de Funcionamento

Iluminação e Lentes:

O oftalmoscópio possui uma fonte de luz e um sistema de lentes que ajudam a iluminar e visualizar o interior do olho.

Ajuste de Foco:

As lentes podem ser ajustadas para compensar a refração do olho do paciente, permitindo uma visão clara das estruturas retinianas.


Visualização do Fundo do Olho

Retina:

Através do oftalmoscópio, a retina pode ser examinada detalhadamente, permitindo a identificação de anormalidades como degeneração macular, descolamento de retina e danos causados pela retinopatia diabética.

Disco Óptico:

Este é o ponto onde o nervo óptico entra no olho, sendo crucial na avaliação de condições como glaucoma e neuropatias ópticas.

Vasos Sanguíneos:

A avaliação dos vasos sanguíneos retinianos é vital para detectar problemas vasculares, como oclusões vasculares e hipertensão ocular.


Tipos de Oftalmoscópios

Oftalmoscópios Diretos:

Mais comumente usados, proporcionam uma imagem detalhada e aumentada do fundo do olho.

Oftalmoscópios Indiretos:

Usados para obter uma visão mais ampla do fundo do olho, são essenciais para examinar a periferia retiniana.


Usos Clínicos do Oftalmoscópio

Diagnóstico de Doenças Oculares:

Instrumental no diagnóstico de doenças como glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular.

Monitoramento de Doenças Sistêmicas:

Condições como diabetes e hipertensão podem afetar os vasos sanguíneos retinianos, tornando o oftalmoscópio útil no monitoramento dessas doenças.


Importância na Oftalmologia

Detecção Precoce de Condições Oculares:

Permite a identificação precoce de anormalidades oculares, o que é crucial para tratamentos eficazes.

Ferramenta de Ensino:

Também é uma ferramenta valiosa para o ensino e a formação de estudantes de medicina e oftalmologistas em treinamento.

Tecnologias Avançadas em Óptica Oftalmológica:

Tomografia de Coerência Óptica (OCT)

O que é OCT?:

A tomografia de coerência óptica (OCT) é uma tecnologia de imagem não invasiva que usa ondas de luz para capturar imagens bidimensionais de alta resolução das camadas da retina. Ela fornece uma visão em camadas, quase histológica, do tecido retiniano.

Funcionamento:

Utiliza a interferometria de luz para obter imagens detalhadas. A luz é projetada no olho e as reflexões são medidos, criando uma imagem detalhada da estrutura retiniana.

Aplicações Clínicas:

Essencial no diagnóstico e monitoramento de doenças como degeneração macular, edema macular, buraco macular, e descolamento de retina. Também é usada para avaliar a eficácia de tratamentos e acompanhar a progressão de doenças oculares.


Fotocoagulação a Laser

Definição:

A fotocoagulação a laser é um procedimento que usa a energia do laser para tratar anormalidades específicas no olho. É um tratamento focado que visa a reparação e prevenção de danos a áreas-chave do olho.

Mecanismo de Ação: O laser é aplicado diretamente sobre as áreas afetadas da retina, causando uma queimadura controlada que sela vasos sanguíneos anormais ou repara tecidos danificados.

Uso em Retinopatia Diabética: Especialmente importante no tratamento da retinopatia diabética, onde ajuda a prevenir a perda de visão, selando vasos sanguíneos que podem vazar e causar danos à retina. Também é usada em outras condições, como rupturas ou descolamentos de retina.

Crucialidade da Precisão em Diagnósticos e Tratamentos

Precisão para Diagnósticos Corretos:

A precisão dos equipamentos ópticos oftalmológicos é essencial para garantir diagnósticos corretos. Erros mínimos podem levar a diagnósticos incorretos, resultando em tratamentos inadequados ou desnecessários.

Impacto nos Tratamentos:

Tratamentos eficazes dependem fortemente da precisão dos equipamentos utilizados. Na cirurgia refrativa, por exemplo, a precisão na medição do erro refrativo é vital para garantir resultados satisfatórios.


Desafios na Calibração e Manutenção de Equipamentos Ópticos

Complexidade dos Equipamentos:

Equipamentos oftalmológicos são intrincados e requerem calibrações precisas para funcionar corretamente.

Necessidade de Calibração Regular:

A calibração regular é crucial para manter a precisão. Isso inclui ajustes finos para garantir que as medições sejam consistentes e confiáveis.

Manutenção Preventiva:

A manutenção preventiva é necessária para identificar e corrigir problemas antes que eles afetem a precisão do equipamento.


Considerações na Calibração e Manutenção

Padrões e Protocolos:

É importante seguir padrões e protocolos estabelecidos para calibração e manutenção, garantindo que os equipamentos estejam sempre em conformidade com as especificações do fabricante.

Treinamento Especializado:

Operadores e técnicos precisam de treinamento especializado para realizar calibrações e manutenções corretamente.

Registros e Documentação:

Manter registros detalhados de calibrações e manutenções ajuda a monitorar a saúde dos equipamentos e identificar padrões ou problemas recorrentes.


Impacto da Tecnologia Avançada

Softwares de Calibração:

O uso de softwares avançados para calibração ajuda a aumentar a precisão e a eficiência.

Atualizações e Upgrades:

Manter os equipamentos atualizados com as últimas tecnologias e upgrades é importante para manter a precisão.


Estudos de Casos

Caso 1: Detecção Precoce de Glaucoma com Tomografia de Coerência Óptica (OCT)

  • Situação: Uma paciente, com histórico familiar de glaucoma, realizou um exame de rotina onde a OCT foi utilizada.
  • Diagnóstico: A OCT revelou uma diminuição sutil na espessura da camada de fibras nervosas da retina, um indicador precoce de glaucoma.
  • Resultado: O diagnóstico precoce permitiu o início imediato do tratamento com colírios para reduzir a pressão intraocular, prevenindo danos significativos ao nervo óptico.

Caso 2: Tratamento de Retinopatia Diabética com Fotocoagulação a Laser

  • Situação: Um paciente diabético apresentou sinais de retinopatia diabética em estágio inicial durante um exame de fundo de olho.
  • Intervenção: Foi realizada a fotocoagulação a laser para selar os vasos sanguíneos anormais e prevenir o vazamento.
  • Resultado: O tratamento estabilizou a condição do paciente, prevenindo a progressão para estágios mais graves da doença e a perda de visão.

Caso 3: Uso do Oftalmoscópio na Identificação de Descolamento de Retina

  • Contexto: Um paciente chegou à clínica com queixas de “moscas volantes” e uma sombra em seu campo de visão.
  • Diagnóstico: Utilizando o oftalmoscópio, o médico identificou um descolamento de retina.
  • Tratamento: O paciente foi encaminhado imediatamente para cirurgia de retina, salvando sua visão.

Caso 4: Correção de Miopia Severa com Lâmpada de Fenda e Retinoscópio

  • Situação: Um adolescente apresentava dificuldade de visão a distância, afetando sua performance acadêmica.
  • Exame: Através do uso combinado da lâmpada de fenda e do retinoscópio, foi diagnosticada uma miopia severa.
  • Solução: Óculos com lentes corretivas foram prescritos, resultando em uma melhora imediata da visão e qualidade de vida do paciente.


Caso 5: Diagnóstico de Catarata Usando Biomicroscopia com Lâmpada de Fenda

  • Contexto: Uma idosa relatou diminuição da visão durante um exame de rotina.
  • Diagnóstico: Com a ajuda da biomicroscopia com lâmpada de fenda, foi detectada uma catarata significativa.
  • Intervenção: A paciente foi submetida a uma cirurgia de catarata bem-sucedida, restaurando sua visão.

Conclusão

  • Ao examinar a evolução e a aplicação da óptica oftalmológica, fica evidente o impacto significativo que esta área tem no campo da saúde ocular. Desde as primeiras invenções de óculos no século 13 até as tecnologias avançadas de hoje, como a tomografia de coerência óptica (OCT) e a fotocoagulação a laser, a óptica oftalmológica tem sido um pilar fundamental na melhoria do diagnóstico e tratamento de condições oculares.
  • A precisão dos equipamentos ópticos oftalmológicos, como o retinoscópio, o oftalmoscópio e a lâmpada de fenda, é crucial para diagnósticos precisos e tratamentos eficazes. Estes instrumentos permitem uma visualização detalhada e profunda do olho, revelando desde problemas de refração até condições mais sérias, como glaucoma e retinopatia diabética.
  • Os avanços tecnológicos, especialmente a OCT e a fotocoagulação a laser, têm proporcionado novas possibilidades no tratamento de doenças oculares, permitindo intervenções mais precisas e menos invasivas. Estes avanços não apenas melhoraram a qualidade do cuidado ao paciente, mas também abriram novos caminhos para pesquisas futuras.
  • Os estudos de caso demonstram a aplicabilidade prática e o impacto real destas tecnologias na vida dos pacientes. Eles ilustram como o uso adequado e preciso dos equipamentos ópticos pode levar a diagnósticos mais rápidos e tratamentos mais efetivos, muitas vezes salvando ou significativamente melhorando a visão dos pacientes.
  • Em conclusão, a óptica oftalmológica é uma área dinâmica e em constante evolução, essencial para o avanço da medicina ocular. O contínuo desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas representa uma esperança contínua para melhor diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças oculares, impactando positivamente a saúde ocular global.

Referências

  1. Livros de Referência em Oftalmologia:
    • Títulos como “Princípios e Prática de Oftalmologia”, “Atlas de Oftalmologia Clínica” e “Fundamentos de Oftalmologia” são excelentes fontes de informação abrangente sobre óptica oftalmológica e equipamentos.
  2. Artigos Científicos e Jornais de Oftalmologia:
    • Artigos de periódicos como “American Journal of Ophthalmology”, “Journal of Refractive Surgery”, e “Ophthalmology”, que frequentemente publicam pesquisas sobre as últimas tecnologias e práticas em oftalmologia.
  3. Manuais e Guias Técnicos de Equipamentos:
    • Guias de fabricantes de equipamentos oftalmológicos, como lâmpadas de fenda, retinoscópios e oftalmoscópios, fornecem informações detalhadas sobre a operação e a manutenção desses dispositivos.
  4. Publicações sobre História da Medicina e Oftalmologia:
    • Livros e artigos que abordam a história da medicina e da oftalmologia, como “A History of Ophthalmology” por Julius Hirschberg, podem ser úteis para compreender a evolução histórica dos equipamentos ópticos.
  5. Recursos Online Educativos e Profissionais:
    • Websites de organizações oftalmológicas respeitadas, como a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) e a Sociedade Europeia de Catarata e Cirurgia Refrativa (ESCRS), que fornecem materiais educativos e atualizações sobre equipamentos e técnicas oftalmológicas.
  6. Publicações Sobre Avanços Tecnológicos em Oftalmologia:
    • Artigos sobre inovações recentes como OCT e fotocoagulação a laser, disponíveis em jornais científicos especializados e conferências de oftalmologia.
Óptica
Optica Técnica Reflexão – Exercícios

1-As fibras ópticas, de grande uso diagnóstico em Medicina (exame do interior do estômago e outras cavidades), devem sua importância ao fato de que nelas a luz se propaga sem “escapar” do seu interior, não obstante serem feitas de material transparente. A explicação para o fenômeno reside na ocorrência, no interior das fibras, de:

  • a) reflexão total da luz;
  • b) dupla refração da luz;
  • c) polarização da luz;
  • d) difração da luz;
  • e) interferência da luz.

2-A figura mostra um raio de luz passando de um meio 1 (água) para um meio 2 (ar), proveniente de uma lâmpada colocada no fundo de uma piscina. Os índices de refração absolutos do ar e da água valem, respectivamente, 1,0 e 1,3.

Dados: sen 48° = 0,74 e sen 52° = 0,79

Sobre o raio de luz, pode-se afirmar que, ao atingir o ponto A:

  • a) sofrerá refração, passando ao meio 2;
  • b) sofrerá reflexão, passando ao meio 2;
  • c) sofrerá reflexão, voltando a se propagar no meio 1;
  • d) sofrerá refração, voltando a se propagar no meio 1;
  • e) passará para o meio 2 (ar), sem sofrer desvio.

Resposta C

3-Um raio de luz monocromática, que se propaga em um meio de índice de refração 2, atinge a superfície que separa esse meio do ar (índice de refração = 1).

O raio luminoso passará para o ar se o seu ângulo de incidência nessa superfície for:

  • a) igual a 45°
  • b) maior que 30°
  • c) menor que 30°
  • d) maior que 60°
  • e) menor que 60°

Resposta C

4-Uma onda eletromagnética se propaga no vácuo e incide sobre uma superfície de um cristal fazendo um ângulo de θ1= 60o com a direção normal a superfície.

Considerando a velocidade de propagação da onda no vácuo como c = 3 x 108m/s e sabendo que a onda refratada faz um ângulo de θ2= 30º com a direção normal, qual a velocidade de propagação da onda no cristal em m/s.

Usando a formula de Snel-Descartes

\[n1* sin(Ang01) = n2 * sin (Ang02)\]

O índice n é definido

\[n = { c \over v} \]
  • c = 3 * 10 ^8 m/s
  • v é a velocidade da luz no meio

Para o vácuo, n1=1 ; entao 1 * sin(60) = n2 * sin(30); n2 = Raiz 3

Aplicando na formula Raiz 3 = (3 * 10 ^8 )/ v => v = 1,73 * 10 ^8 m/s

Sendo assim a velocidade de propagação da onda no cristal é aproximadamente 1,73 * 10 ^8 m/s

5 -Uma fibra óptica é um tubo estreito e maciço, tendo basicamente um núcleo e uma casca constituídos de dois tipos de vidro (ou plástico) com índices de refração diferentes.

A luz que penetra por uma extremidade da fibra, por meio do núcleo, sofre múltiplas reflexões totais na superfície lateral que separa o núcleo da casca até sair pela outra extremidade.

A figura a seguir representa um raio deluz que penetra a fibra, proveniente do ar, emergindo na extremidade oposta.

Sendo nA, nNe nC os índices de refração do ar, do núcleo e da casca, respectivamente, a relação correta é:

  • a) nA> nC > nN
  • b) nA> nC= nN
  • c) nA< nC< nN
  • d) nA< nC= nN
  • e) nA= nC= nN

Resposta C

Óptica
Optica Técnica – Exercícios de Prismas

1-Deseja-se que um raio de luz que passa através de um prisma sofra reflexão total. Neste caso é necessário que:

  • a) o prisma tenha um ângulo reto.
  • b) o ângulo de incidência do raio seja maior do que qualquer dos ângulos do prisma.
  • c) a luz incidente seja policromática.
  • d) o índice de refração do prisma seja maior do que o do meio onde se encontra.
  • e) n.d.a.

Resposta D

2-Vamos supor que tenhamos um prisma, imerso no meio ar, cujo ângulo de refringência seja igual a 60°. Suponhamos que o valor do índice de refração do prisma seja igual a√2para um raio de luz monocromático que incide com um ângulo de 45ona primeira face. Determine o valor do ângulo de refração na face 1 e marque a alternativa correta.

  • a) 10o
  • b) 20o
  • c) 30o
  • d) 40o
  • e) 50o

Resposta C

3-Um raio de luz monocromática incide em um prisma que está imerso no ar, segundo o desenho abaixo. O índice de refração do material que constitui o prisma é:

a)√2/2

b)√3/2

c)√2

d)√3

Resposta: C

4-Marque a alternativa que contém a definição correta de um prisma.

  • a) Prisma óptico é qualquer sólido transparente, limitado por faces planas não paralelas, capaz de separar em feixes coloridos um feixe de luz branca nele incidente.
  • b) Prismas ópticos sãosólidos opacos cujas faces são paralelas.
  • c) Prismas ópticos são lâminas de faces paralelas formadas por três meios homogêneos.
  • d) Prisma óptico é um instrumento capaz de absorver a luz que incide em sua face plana.
  • e) Prismas ópticos são superfícies planas e bem polidas que refletem a luz.

Resposta: A

Óptica
Exercício óptica técnica

1-UMA LENTE PLANO-CONVEXA IMERSA NO AR (N = 1,0) APRESENTA ÍNDICE DE REFRAÇÃO DE 1,4 E RAIO DE CURVATURA IGUAL A 10 CM. ASSINALE, ENTRE AS ALTERNATIVAS A SEGUIR, AQUELA QUE CORRESPONDE À DISTÂNCIA FOCAL DESSA LENTE.

  • a) 25 m
  • b) 0,25 m
  • c) 0,5 m
  • d) 0,05 m
  • e) 0,4 m
\[{1 \over f} = (n – 1) ( {1\over R1} – {1 \over R2})\]

Onde:

n é o índice de refração da lente

R1 é o raio de curvatura da primeira superfície

R2 é o raio de curvatura da segunda superfície.

Para uma lente plano-convexa imersa no ar, a superfície plana pode ser consisderada tendo um raio de curvatura infinito. Portanto:

R1 = infinito

R2 = 10cm = 0,1 m

Aplicando a formula, temos 1\f = (1,4 – 1) (0-10); 1\f= 04 * (-10)

f = -1\4 => -0,25m ou 25cm

2-DUAS LENTES DELGADAS E CONVERGENTES, DE DISTÂNCIAS FOCAIS F1=10 CM E F2=40 CM, FORAM JUSTAPOSTAS PARA SE OBTER UMA MAIOR VERGÊNCIA. QUAL A CONVERGÊNCIA OBTIDA COM ESSA ASSOCIAÇÃO É, EM DIOPTRIAS? (LEMBRANDO QUE 𝐶𝑇=𝐶1+𝐶2)

\[C = {1 \over f} \]

f1 = 10cm ou 0,1m

C1 = 1 / 0,1 = 10Diopitria

f2 = 40cm ou 0,4m

C2 = 1 / 0,4 => C2 = 2,5 D

Para lentes justapostas, a pontencia total CT é a soma das potencias das lentes individuais.

\[Ct = C1 + C2 \]

Ct = C1 + C2 => CT = 10D + 2,5D => CT= 12,5D

Biologia Celular Óptica
Calibrando o microscópio

Este artigo é a continuação do artigo de calculo de microscopia.

É um estudo de caso, e ainda não foi validado.

Através de uma lamina de calibração ou tambem chamada Régua deslizante de calibração, podemos medir os valores obtidos em pixels.

Para isso usaremos a medida da lamina de 0,01mm ou 100 micrometros.

Ao jogarmos em nosso microscópio, temos a seguinte imagem com apliação de 10x, conforme haviamos apresentado em nosso artigo anterior.

Essas medidas foram capturadas através do software Yais,, ficando conforme apontado abaixo:

Medidas horizontais:

  • 0,01 mm => 352 pixels
  • 0,001 mm =: 34pixels

Medidas verticais

  • 0,01 mm => 352 pixels
  • 0,001 mm => 37 pixels

Agora vem os calculos

Calculando FOV ou Campo de Visão do microscópio.

Para calcular o campo de visão o meu microscópio precisa ter duas coisas:

Ampliação e numero de campo.

O meu microscópio não tem o campo de visão, por este motivo, não consegui determinar com precisao ele, porem posso achar a relação de visão por pixel.

Para achar isso precisarei pegar esse través de visualização.

Como não foi informado, usarei a medida horizontal. Para calcular tenho o tamanho total em pixel.

Total = 1597px

Sabendo que 0,01 mm tem 352pixel , fazemos a regra de três e achamos a area total de visão.

\[ {tamanho01 \over dimensao01} = {tamanho02 \over dimensao02} \]
\[ {X \over 1597} = {0,01 \over 352 } \]

Agora aplicando as contas 352X = 1597* 0,01 => X = 15.97/352 => X = 0,0453mm

Desta forma temos a medida total (largura) de 0,0453mm

Agora vem o FOV

\[ FOV = { largura \over ampliação} \]
\[ FOV = { 0,0453\over 10} \]
\[ FOV = { 0,00453} \]

Determinar a resolução da câmera

A resolução diz a densidade da largura por pixel

\[ densidade{pixel} = {largura \over pixel} \]

Onde a largura é 0,0453mm

O Pixel é 1600×1200, desta forma a densidade horizontal é:

D = 0,0453 / 1600 => D = 0,0000283125mm /pixel

\[ densidade{horizontal} = { 0,0000283125mm /pixel} \]

Desta forma calculo de distancias, basta aplicar o nro de pixel, multiplicado por esse valor.

\[ Distancia{horizontal} = {pixel * d} \]

Desta forma se houver 352 pixel a distancia é aproximadamente 0,009966 ou 0,01 mm aproximadamente.

Como a resolução horizontal é diferente da vertical temos densidades diferentes.

O densidade vertical = 0,0453/1200 ; onde temos

\[ densidade{Vertical} = { 0,00003775mm /pixel} \]

Desta forma é possivel medir objetos.

Conclusão

Agora ficou simples medir distancias no microscópio, basta contar os pixels e calcular as distancias relativas.

Próximo artigo

No próximo artigo, mostrarei a implementação destes calculos em python.

Com uso da lib opencv e a respectiva medida de valores de tamanho.

Referências

Outra referencia que me ajudou a montar esse trabalho:

https://www.olympus-lifescience.com/pt/microscope-resource/primer/anatomy/oculars/

https://port.lamscience.com/how-calculate-field-view-microscope

Óptica
Calculo de área de microscopia

As vezes a gente faz uma disciplina teórica e não consegue ver aplicação prática.

Atenção:

Alguns itens foram corrigidos desde sua primeira publicação!

Como desenvolvedor e integrador de solução de software e hardware, muitas vezes a integração com equipamentos é a parte mais fácil para mim. Porem a física associada a sua integração é a parte mais complexa.

Usarei como referencia o seguinte artigo:

https://port.lamscience.com/how-calculate-field-view-microscope

O Trabalho surgiu da necessidade do estudo abaixo:

No estudo abaixo:

https://maurinsoft.com.br/projeto-contagem-de-hemacias/

Estou montando um projeto simples de captura de fotos de microscopia.

Onde aplico tecnicas que estudo no meu dia a dia neste curso.

Com o objetivo de criar uma solução ou reforçar o entendimento de tópicos muitas vezes disconexos.

Sobre esse prisma, uma das dificuldades é a medição dos tamanhos relativos.

Este artigo, estou tentando aplicar parte do conhecimento de ótica técnica obtido em aula, para responder essa questão.

Este artigo será composto de duas partes.

Na primeira será feito um estudo, baseado em calculo, depois iremos fazer sua experimentação prática para ver se esta correto.

Então não considerem as informações aqui contidas como corretas, até a posterior complementação do artigo seguinte.

Objetivo deste artigo

Determinar a medida presumível de cada pixel utilizando um microscópio e uma câmera digital a ele acoplada.

Equipamento

Será utilizado o seguinte equipamento:

Link do produto:

https://pt.aliexpress.com/item/1005001531289624.html

Detalhes técnicos relevantes:

Camera digital: 2MP 30 fps (1920X1080) máximo

Objetiva: achromatic 4X, 10X and 40X

Usaremos a objetiva de 10x para os testes.

Cálculos

Para determinar precisaremos fazer os calculos em 3 etapas

1 – Visualização do microscópio, onde iremos utilizar a lente de 10x

Na apresentação de lentes geralmente vem assim:

  • 10/0.25
  • 160/0.17

Onde o primeiro item é a ampliação e o segundo é o número de campo.

Então teremos que achar esse parametro.

2 – Determinar o campo de visão (FOV) do microscópio.

Se usarmos uma objetiva por exemplo 30/18 o FOV fica.

\[ FOV = { largura \over ampliação} \]

Sendo assim , precisarei capturar esse e depois recalcular.

Ficaria FOV = 18 / 30 = 0,6 mm

3 – Determinar a resolução da câmera

Uma câmera de 2Mb tem conforme apontado 1920X1080 , ficando largura 1920 para 0,25

Ficando na formula:

\[ densidade{pixel} = {largura \over pixel} \]

Ficando na conta densidade = 0,25mm / 1920 => densidade 0,0001302mm / pixel ou 0,1302 um/pixel

No próximo artigo irei apresentar a validação destes dados, onde comprovarei a analise a medição e experimentação prática.

Óptica
Exercícios de Aplicação Óptica técnica

Material Anexo

1- Um objeto de 10 cm é colocado a 15 cm de uma lente esférica convexa de distância focal igual a 5 cm. Determine:

  • a) o tamanho da imagem do objeto;
  • b) a posição da imagem;
  • c) as características da imagem

Fórmula:

\[ {1 \over f} = {1 \over v} + {1 \over u} \]

f é a distância focal da lente

v é a distancia da imagem

u e a distancia do objeto à lente

Dado que:

f = 5cm, u = -15cm

Aplicando a equação:

\[ {1 \over 5} = {1 \over v} – {1 \over 15} \]

Portanto temos v = 15/4 -> v = 3,75cm

B) Resposta

Portanto a posição da imagem é 3,75cm à direita da lente

c) Característica da imagem

Como o valor de v é positivo, a imagem é real. Como a ampliação é menor do que 1 (0,25), a imagem é diminuída. E, finalmente, como a ampliação é positiva, a imagem está na mesma orientação do objeto.

2- Determine a vergência de uma lente esférica côncava cuja distância focal é igual a 10 cm.

Vergência (V)

\[ V = {1 \over f} \]

f = distancia focal

f = -10 cm ou seja 0,1m.

Aplicando a formula, temos

V = 1 / -0,1 => V = -10

Portando a medida é 10 dioptrias.


3- Uma lente, feita de material cujo índice de refração absoluto é 1,5, é convergente no ar. Quando
mergulhada num líquido transparente, cujo índice de refração absoluto é 1,7, ela:
a) será convergente;
b) será divergente;
c) será convergente somente para a luz monocromática;
d) se comportará como uma lâmina de faces paralelas;
e) não produzirá nenhum efeito sobre os raios luminosos.

Resposta B


4- Um objeto está sobre o eixo óptico e a uma distância p de uma lente convergente de distância f. Sendo
p maior que f e menor que 2f, pode-se afirmar que a imagem será:
a) virtual e maior que o objeto;
b) virtual e menor que o objeto;
c) real e maior que o objeto;
d) real e menor que o objeto;
e) real e igual ao objeto.


5- Um objeto real é colocado perpendicularmente ao eixo principal de uma lente convergente de distância
focal f. Se o objeto está a uma distância 3f da lente, a distância entre o objeto e a imagem conjugada
por essa lente é:
a) f/2
b) 3f/2
c) 5f/2
d) 7f/2
e) 9f/2

\[ {1 \over f} = {1 \over v} + {1 \over u} \]

Dado:

f = f

u = -3f

Ficando 3 = 3f(1/v) -1 => v = 3f/4 => v 0,75f

d = u +v

d = -3f + 0,75f => d = 2,25f

D = 2,25 f

d = 2,25f

Portanto, a distância entre o objeto e a imagem é 2,25f = 9f /4

ficando igual a 2f + f/4 = 2,25f o que é equivalente 5f/2

Óptica
Exercício Óptica 28/09

1- Uma lente plano-convexa imersa no ar (n=1,0) apresenta índice de refração de 1,4 e raio de curvatura igual a 10cm. Assinale , entre as alternativas a seguir, aquela que corresponde a distancia focal dessa lente.

a) 25m

b 0,25m

c) 0,5m

d) 0,05m

e) 0,4m

\[ {{1 }\over{ f}} = {(n-1)} ({1\over R1} – {1 \over R2})\]

Dado que a lente está imersa no ar com índice de refração =1n ar​=1, então:

1/f = (1,4 -1) (1/10 -0)

1/f = 0,4 * 0,1

1/f = 0,04

Então 0,04f= 1=> 25 cm ou em metros 0,25m , resposta B

Exercício 2

Duas lentes delgadas e convergentes, de distâncias focais f1=10cm e f2=40cm , foram justapostas para se obter uma maior vergência. Qual a convergência obtida com essa associação é , em dioptrias? (Lembrando que Ct= C1 + C2)

Onde :

\[C ={1 \over f}\]

f é a distancia focal da lente (metros)

C é a convergência da lente (em dioptrias)

Dado que:

f1 = 10cm = 0,1m

f2 = 40cm = 0,4m

Então as convergências da lentes são

C1= 1/f1 => 1/0,1 = 10D

C2 = 1/f2 => 1/0,4 = 2,5 D

A convergência total Ct para duas lentes justapostas é a soma das suas convergencias individuais:

Ct = C1 + C2

Ct = 10D + 2,5D

Ct = 12,5 D

Portanto, a convergência obtida com essa associação é 12,5 dioptrias.

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